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Tipos de Neurose

Tipos de Neurose

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SOBRE NEUROSE: Afecção psicogênica em que os sintomas são a expressão simbólica de um conflito psíquico. Pode ter sua origem na genética ou na estória infantil ou no momento atual do sujeito. É preciso lembrar que as defesas patológicas sempre atuam contra os impulsos primitivos inaceitáveis pelo ego, ideal de ego ,superego e sociedade, impulsos estes que se clarificam nos recalques, invadindo o campo consciente. TIPOS DE NEUROSE: NEUROSE OBSSESSIVA E COMPULSIVA:  Provavelmente os sintomas obsessivos e compulsivos são decorrentes de uma série complementar entre a repressão sexual (ideal de ego/caráter) e a pré-disposição genética intensa para a produção de neuroses, caracterizando psiconeuroses que normalmente já se manifestaram na infância. Na manifestação obsessivo compulsivo o ego perde o controle racional de si mesmo, sofrendo a influência emocional de um comando estranho (ilógico), oriundo de uma fonte poderosa (superego tirano) que lhe prejudica o julgamento , desviando seus pensamentos da fonte de desejo recalcado e dos impulsos sexuais  primitivos que tentam invadir o ego( poligamia, homossexualidade, incesto e etc.) Os sintomas obsessivos e compulsivos também são decorrentes da ação de deformação produzida pelo super-ego (censor), numa formação de compromisso entre (id, ego e superego) caracterizando uma formação substituta do desejo recalcado que se infiltra em direção ao campo consciente. A obsessão está ligada a invasão de ideias, de pensamentos sem coerência ou lógica, alguns ameaçadores: Você não presta, deveria morrer, vai perder o emprego hoje. A compulsão decorre da obsessão de fazer, ou seja, um pensamento ou voz induz o ego a desenvolver movimento para fazer  alguma coisa ilógica e repetitiva, sendo irreprimível. NEUROSES FÓBICAS: A neurose fóbica é uma neurose atual, ou seja, o indivíduo quase sempre não possui histórico dos sintomas fóbicos na sua fase infantil. É ligada, provavelmente, a sexualidade atual que está reprimida ou inadequada as suas necessidades orgânicas e psicológicas, impulsos primitivos e quantum de afeto. A principio ela não necessita de uma pré-disposição genética, contudo pode apresentar eventualmente uma série complementar entre repressão sexual e uma tendência sexual facilitadora. No sintoma fóbico o individuo se isola dentro de casa, apresenta medo de elevador, de ficar em lugares fechados , de andar na rua , de andar em lugares estreitos e etc., sem saber o motivo , ou seja, o sintoma é decorrente da defesa patológica produzida pelo superego, deformando impulsos primitivos ligados a sexualidade ou a agressividade recalcada(poligamia, homossexualidade, incesto, etc.) protegendo o ego em função  da sua realidade psíquica.(ideal de ego). NEUROSE IMPULSIVA: São aquelas cujos sintomas caracterizam atos impulsivos, irresistíveis ao ego, com características egossintônicas, ou seja, o ego sente prazer ao realizá-las. Na maioria das vezes não possuem características sexuais como nas perversões. Esses impulsos bloqueiam, momentaneamente as representações metas, ou seja, do pensamento normas, forçando o ego a agir de maneira impulsiva e no cumprimento de uma ordem interna (irresistível) com o fim de protegê-lo da ameaça funcional buscando apaziguamento interno. São geralmente egressas as experiências correlatas infantis que foram prazerosas. Prazer de ter roubado, prazer de fugir de casa para não apanhar ou para não enfrentar conflitos familiares, prazer de jogar algo, prazer de atear fogo em algo. Os tipos mais comuns são. Cleptomania:        Tomar posse de coisa dos outros, ou seja, roubar por impulso. Piromania:    Atear fogo em tudo por impulso Vicio do jogo:          Dependência a um ou mais tipos de jogos de azar ou não. Andar sem destino: Vaguear pelas ruas ou estradas sem objetivo, sem destino NEUROSE CONVERSIVA E HISTÉRICA Na conversão, ocorrem sintomas que caracterizam alterações de funções fisiológicas, alterações orgânicas que, de modo distorcido e inconsciente, exprimem o retorno para o corpo, através da complacência somática, de material recalcado ligado aos impulsos sexuais primitivos e agressivos, bem como de quantum de afeto, sem que o órgão ou parte física afetada apresente alguma anomalia verdadeira, ou seja, o órgão está perfeitamente são. Os sintomas de conversão são produzidos pelas expressões somáticas de um excesso de excitação desagradável de afetos recalcados, decorrentes de um conflito psíquico. Geralmente estas representações recalcadas estão excessivamente excitadas e são descarregadas para o corpo, sendo traduzidas pela respectiva “linguagem somática” que exprime simbolicamente a origem do conflito recalcado que a originou. Assim, na formação do sintoma conversivo, o ego tenta eliminar em nível somático, corporal problemas psíquicos recalcados. As síndromes de conversão/histéricas, no entanto, são singulares em cada indivíduo e a análise mostra onde se originam: são historicamente determinadas por experiências reprimidas e recalcadas do passado individual sobre determinadas por um nível de quantum de afeto, representando a expressão distorcida das tendências primitivas que não foram elaboradas. Já o tipo específico do sintoma (órgão atingido) ou do ataque histérico (choro intenso, tremores, analgesias, anestesias, paralisias, agressividade intensa) é determinado pelos acontecimentos históricos que geraram a repressão original. É nos grandes ataques histéricos, que melhor se demonstra a possibilidade de se traduzir da linguagem psíquica para a linguagem corporal e nervosa, a expressão do recalcado. Esses ataques são expressões teatrais de um acúmulo de frustrações e repressões recalcadas. Podemos analisá-los em todos os pormenores, do mesmo modo que analisamos os sonhos e vemos que caracterizam uma formação de compromisso entre o id, ego e superego, produzindo os mesmos mecanismos de distorção destes últimos. NEUROSE ABANDÔNICA: Neurose ligada a fixação pré-genital decorrente dos maus tratos ou da falta, ou do excesso no atendimento das necessidades narcísicas de segurança e reconhecimento reprimidas pela criança nas fases do desenvolvimento da personalidade e da sexualidade,(fase oral, anal e fálica). Necessidades de abraço, beijo, cuidados com a higiene, saúde, alimentação, proteção, elogio e valorização da autoestima. Predominam a angustia de abandono ligadas aos sentimentos de rejeição, de inferioridade ou a falta de provisão das necessidades de segurança e reconhecimento. Não corresponderia, necessariamente, a um abandono sofrido na infância, mas como a criança percebe a sua relação com os pais e a família. Os principais sintomas dos neuróticos abandônicos a primeira vista são: vitimização, auto piedade, um certo grau de depressão, angustia, agressividade, masoquismo, sentimento de não ter valor, de não ser amado. A neurose de abandono é a mais comum de todas as neuroses e pode ter ou uma série complementar ligada também a genética. Ela afeta quase toda a humanidade e se reflete por uma necessidade narcísica imensa de receber provisão de segurança e reconhecimento das pessoas ou através das coisas materiais ou dos sistemas (família, trabalho, sociedade). Isto quer dizer que todos nós, de certa forma, somos neuróticos, como dizia Freud, contudo a caracterização freudiana é extremada, já que podemos dizer que o sintoma acanônico será neurótico quando ele for crônico, constante na vida de um indivíduo. A necessidade ilimitada de amor, manifestada de uma maneira crônica, pode significar uma procura de provisão de segurança e reconhecimento perdida na fase oral, anal ou fálica, decorrente da relação instintiva e primitiva da criança com a mãe. As principais características da personalidade neurótica abandônica são deprimidos, os que lamentam de tudo e de todos (cheio de auto piedade), os inseguros crônicos, os timidos crônicos, os introvertidos crônicos, os que tem complexo de inferioridade, os dependentes emocionais crônicos de outras pessoas (de pai, de mãe, cônjuge, filhos, amigos etc. NEUROSE DE FRACASSO Designa a estrutura psicológica de toda uma gama de indivíduos, que são construtores da sua própria infelicidade, não podendo suportar a felicidade ou obter precisamente aquilo que mais ardentemente parecem desejar, função de um masoquismo geralmente ligado a uma culpa intensa. Sabe-se que a neurose de fracasso é uma neurose de origem múltipla, ou seja, não apresenta uma origem bem definida, geralmente sem componente genético. Geralmente é uma neurose decorrente de um conflito atual, contudo pode apresentar origem na infância, por culpa não reparada em relação aos pais e demais pessoas de sua relação. Encontramos predominantemente na origem da neurose de fracasso a influência inconsciente de uma culpa intensa recalcada, por algo que fez e que não encontrou a reparação e o autoperdão pela rigidez do seu ideal de ego e por uma  ação inconsciente de um superego rígido, que não permite que o indivíduo seja feliz. Qual a diferença do sentimento de fracasso desse neurótico para um fracasso em um indivíduo normal, em função de uma frustração nas relações interpessoais? Quando os psicanalistas falam de neurose de fracasso, tem em vista a fixação do individuo no fracasso, como consequência do desiquilíbrio neurótico produzido pela não elaboração do conflito desencadeante que produziu culpa e pelo consequente recalque da mesma. Já um individuo normal, ao se sentir fracassado, poderá deprimir-se, culpar-se momentaneamente(agudamente), mas encontra recursos internos e, ao perlaborar o conflito superará essa fase de desarmonia psíquica. Os Neuróticos d fracasso são sujeitos que cronicamente não suportam a felicidade ou ter uma satisfação num determinado ponto de suas relações, ligado evidentemente, aos seu desejo inconsciente de autopunição(masoquismo e culpa recalcada). NEUROSE DE CARÁTER Tipo neurose em que o conflito defensivo não de traduz pela formação de sintomas nitidamente percebidos como nos sintomas fóbicos, obsessivos etc. Na neurose de caráter, os sintomas se apresentam como modo de viver e de se comportar que caracterizam uma organização patológica do conjunto da personalidade, que apresenta uma excessiva rigidez moral (ideal de ego rígido) e até preconceituoso na sua expressão. O neurótico de caráter cria muitos conflitos na expressão normal da sexualidade e da convivência interpessoal (ligada à rigidez da ideia de ego e do superego). Alguns exemplos de neurose de caráter: Indivíduos rígidos moralmente e sexualmente, reprimidos puritanos, antissociais, preconceituosos de forma crônica, exigentes em termos de horário, arrumação das coisas etc. O neurótico de caráter apesenta como fortes características de personalidade: prepotência, presunção, orgulho, ou seja, manifesta a vaidade da perfeição, com uma forte influência do narcismo espiritual (é quase uma assessor de Deus). Se nos limitarmos ao ponto de vista propriamente nosográfico (descrição dos sintomas da neurose de caráter), haverá uma impossibilidade de descrevê-los, por estarem ligados mais ao comportamento antissocial do indivíduo, decorrente de uma rigidez do ideal de ego que busca a perfeição e não à produção de sintomas comuns das neuroses(medos, obsessões, compulsões etc.) O neurótico de caráter apresenta uma grande dificuldade de abrir o campo transferencial, a inacessibilidade à análise sempre que o terapeuta se aproxima dos valores que caracterizam a perfeição idealizada, produzindo intensa dificuldade para a flexibilização da perfeição introjetada em seu caráter (ideia de ego). Geralmente o neurótico de caráter se defende contra todo o investimento erótico ou agressivo. Predominam aí o narcisismo exacerbado e frágil, e muitas vezes as exigências de uma arcaico de um ideal de ego, ou seja, que não se percebe claramente a origem de sua formação. Pela impossibilidade de retorno do recalcado, admite-se que a rigidez ligada a perfeição é fruto de uma transferência, de uma projeção desses conteúdos sobre o ego. NEUROSE FAMILIAR: Expressão usada para designar o fato de que em uma determinada família, as neuroses individuais se completam, se alimentam reciprocamente, e para evidenciar a influência negativa, patogênica, que a estrutura familiar doentia, principalmente a do casal(pai, mãe), pode exercer sobre a crianças. Pai e mãe neuróticos, provavelmente produzirão filhos neuróticos. A origem da neurose familiar caracteriza as desordens psíquicas desenvolvidas, na fase de formação e constituição dos valores e na personalidade de cada membro da família, na identificação e na introjeção dos modelos dos seu pais e no desenvolvimento do complexo do Édipo. Ela produzirá dependência e vinculação doentia entre os participantes de uma família (mãe x filho, pai x filha, marido x mulher). Nas neuroses das crianças sempre encontraremos a componente neurose familiar, na qual o problema maior não é originado pelo local onde a criança convive, mas sim pelas neuroses de cada membro adulto da família, que vive seus conflitos em inter-relações inconscientes. O terapeuta deve tratar a família, preferencialmente através de outros colegas. A vitima é sempre a criança e o algoz é o adulto que a cria. “O Superego da criança não se forma à imagem dos pais, mas antes à imagem do superego dele”; enche-se com o mesmo conteúdo, torna-se o representante da tradição de todos os juízos de valor que subsistem, assim, através das gerações. Alguns exemplos de neurose infantis produzidas por uma neurose familiar: Crianças tímidas que não tomam iniciativas devido à restrição de liberdade por parte dos pais:( controladores, inseguros, possessivos, ciumentos, insatisfeitos). Crianças reprimidas sexualmente, reproduzindo o modelo de sexualidade dos próprios pais:(rígidos, preconceituosos, insatisfeitos com a própria sexualidade) Mães dependentes dos filhos e vice-versa, por serem infelizes, inseguros e fixados emocionalmente em pessoas, como forma de obtenção das provisões psicológicas que necessitam (segurança e reconhecimento). NEUROSE DE DESTINO: Designa uma forma de existência de um indivíduo caracterizada pelo retorno periódico de encadeamentos idênticos de acontecimentos infelizes. Encadeamentos nos quais o indivíduo parece estar submetido a uma constante fatalidade exterior, ao passo que, segundo a psicanálise, convém procurar as suas causas no inconsciente e especificamente num intenso nível de culpa recalcada e de um correlato masoquismo. A ideia de neurose de destino pode ser facilmente tomada num sentido muito amplo: o curso de toda a existência seria”…antecipadamente modelado pelo próprio individuo”. Mas ao generalizar-se, o conceito o risco de perder até o seu valor descritivo. Poderíamos dizer que a neurose de destino exprimiria tudo que no comportamento de um indivíduo oferece de recorrente e mesmo constante. Efetivamente, os exemplos apresentados por Freud indicam que el só invoca a compulsão por destino para traduzir experiências relativamente específicas. a) Elas se repetem apesar do seu caráter desagradável b) Desenrolam-se segundo um roteiro imutável de conflitos, constituindo uma sequencia de acontecimentos que pode exigir um longo desenvolvimento temporal. c)Surgem como uma fatalidade externa de que o sujeito se sente vítima, e parece que com razão como exemplo uma mulher que por três vezes casada, vê seus três maridos adoecerem pouco tempo depois do casamento e ter que cuidar deles até morrerem. A noção de neurose de destino, continua, entretanto, sendo citada, essencialmente a titulo descritivo, dado o sentido que lhe é atribuído de uma concepção do individuo como um todo e cuja existência passada, presente e futura não deveria ser considerada somente como uma sucessão de eventos acidentais e sim como consequência cos seu campo mental desarmonizado pelas influências intrapsíquicas. TRANSTORNO DE PÂNICO Nesses  transtornos  a capacidade neurológica de acúmulo de excitação é baixa sendo o seu limite atingido por qualquer  acréscimo de estimulação  externa ou interna. Aquilo que os Psicanalistas clássicos chamam falha no sistema nervoso, que produz abruptamente o sintoma do pânico, é justamente a baixa resiliência em nivel orgânico que permite facilmente que essas excitações consideradas excessivas sejam descarregadas para o corpo, para o sistema nervoso e para o psíquico, produzindo o episódio pânico.Como o os sintomas do transtorno do pânico são mistos(conversivo + histérico + psicológico), deduzimos que a complacências somática não seja capaz de descarregar abruptamente toda excitação para o corpo. Podemos considerar que o aspectos conversivos e histéricos são predominantes, no entanto a parte que não for descarregada para o corpo, atingirá o psicológico. Deve ser lembrado que tanto nas conversões como nas histerias, os sintomas orgânicos são predominantes, não apresentando nenhuma componente psíquica significativa.No transtorno do pânico o individuo sentirá intensas palpitações, medos, sensação iminente de morte ou até desmaio, dor no peito, palidez, sudorese, tremores, etc. A sindrome ou atualmente o transtorno do pânico é uma das neuroses consideradas atuais. Ela é uma resultante de uma sobredeterminação de fatores biológicos, neurológicos(baixa resiliência orgânica), sexuais e psicológicos, que somadas produzem os transtorno originando sintomas como uma predominância conversiva angustiante. È bom ressaltar que se observa quase sempre, uma sobredeterminação de um nível intenso de quantum de afeto não perlaborado que está sobrecarregando o sistema nervoso. Neste caso, a angustia intensa, seria uma consequência de uma descarga acumulada no sistema neuronal que descompensaria todo equilibrio físico, orgânico e psicológico do indivíduo. O trantorno do pânico apresenta-se geralmente em epsódios agudos, eventuais que podem ter ao longo do tempo uma frequência maior ou surgir apenas em momentos de crise emocional.Em outras palavras, no transtorno do pânico, a angustia e ansiedade do paciente são muito intensas se expressando tanto por equivalentes somáticos, ou seja, pelo corpo(taquicardia, dor de cabeça, sensação de uma bola no peito etc.) – correspondem à parte conversiva da descarga neuronal e por uma indefinida desarmonia psíquica, caracterizada pela sensação de medo de morrer, enlouquecer ou de estar na iminência de uma tragédia que corresponde à parte da descarga via psique, avançando em direção ao ego.O episódio do pânico poderá ser acompanhado de temores musculares e de choro intenso, que caracterizam a descarga histérica.