ESCOLHAS TÓXICAS. Relacionamentos que aprisionam.

Na era do narcisismo relacional, muitos vínculos se formam mais pela busca do ter do que do ser. Escolhem-se parceiros como investimentos: segurança financeira, status, validação social. No fundo, essas escolhas brotam de uma carência afetiva internalizada — uma ferida psíquica não elaborada que vê no outro uma possível cura.

A idealização da felicidade como algo que o outro deve proporcionar é uma armadilha. Um dia, o brilho do “ter” não basta. E o vazio aparece. Vem a angústia, a frustração, a depressão silenciosa de quem já não se reconhece em sua própria decisão.

Antes que a dor se cristalize, é necessário um mergulho interior. A razão precisa ser convocada: o que essa escolha diz sobre mim? Que impactos ela causa no outro?

A evolução começa com autorresponsabilidade. Toda escolha cobra um preço. E a terapia pode ser uma grande aliada nesse processo de ressignificação: reconstruir o olhar, restaurar o afeto próprio, romper os ciclos de aprisionamento emocional.

O glamour e o status financeiro talvez ofereçam o holofote que você tanto busca. Mas a solidão a dois pode ser devastadora para a saúde mental.

Se você está em um relacionamento por interesse ou reconhecimento externo, ou se se arrepende da escolha feita, saiba: existe saída. Mas ela começa dentro.

Enfrente suas sombras. Reconecte-se com você.
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