DESAMPARO: a origem patológica
Grande parte dos nossos sofrimentos psíquicos na vida adulta nasce do desamparo infantil não elaborado. Herdamos, pela via da educação e da convivência, os traços desestruturados de pais agressivos, viciados ou emocionalmente ausentes. A ausência real ou simbólica configura uma ferida invisível, que molda o psiquismo infantil com marcas profundas.
A criança, ao não encontrar acolhimento e continência emocional, cria fantasias inconscientes de abandono, rejeição e desamor. Essas imagos parentais distorcidas formam o núcleo do desamparo, gerando padrões inconscientes que se repetem na vida adulta em forma de neuroses, fobias, ansiedade, síndrome do pânico e relações autodestrutivas.
O sofrimento se cristaliza como destino até que seja olhado.
É por isso que a psicanálise e a hipnoterapia são tão potentes: permitem acessar esses registros infantis em estado alterado de consciência, promovendo ressignificação, reorganização e reparação interna.
Só quem revisita o desamparo pode deixar de viver em função dele.
Curar-se é dar à criança que fomos o colo que ela não teve para que o adulto que somos possa, enfim, viver com autonomia, autoestima e autenticidade.
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Roberto Lucena, Psicanalista, Hipnoterapeuta e Fundador do Instituto Suavemente
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